Por Janete Regina Sirichuki Carvalho
Capela do Degolado- Foto Elis Oliveira |
1894. A revolução federalista iniciada pelos maragatos no
sul do país tinha sido derrotada pelas forças republicanas do Marechal Deodoro
da Fonseca em Curitiba, e temendo por sua própria sorte, iniciou sua retirada,
tendo como destino o Rio Grande do Sul.
Segundo o historiador e ex-prefeito de Guarapuava, Nivaldo
Passos Kruger, no caminho de volta, as tropas receberam o recado do Coronel
Bormann de Chapecó: “sob o pavilhão nacional, bandidos não passariam”. A rota
então foi alterada, para que de Guarapuava eles pudessem alcançar a cidade de Barracão
no sudoeste do Estado e então chegar a Argentina. Durante a passagem por Guarapuava, os federalistas foram
protagonistas de uma história que gerou uma das maiores lendas da cidade: o soldado
que morreu degolado jurando inocência.
Segundo o historiador, enquanto as tropas estavam de parada
na cidade, sob o comando de Juca Tigre, houve uma denúncia de que um dos
soldados havia abusado de uma moça da cidade. Como Juca Tigre era o comandante
supremo das tropas, e a época era de revolução, a sentença e a condenação foram
sumárias.
Interior da Capela do Degolado- Foto Elis Oliveira |
A capela ainda é palco de outras histórias que, assim como a
história do degolado, deve ser apreciadas com discernimento: há quem diga que a
alma do soldado vaga errante pelas paradas da capela, que os santos que ali são
colocados aparecem misteriosamente sem cabeça, como também o incêndio misterioso
(que muitos atribuem ao próprio soldado) que assolou a capela em 2010, na
véspera do dia em que ela seria palco de uma reportagem de TV estadual. Essas, como tantas outras histórias fazem
parte da formação do Bairro dos Estados, portanto, passíveis de serem
verídicas, ou apenas lendas urbanas.
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Depoimentos ou histórias contadas pelos próprios
moradores ou frequentadores.
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